Painel final do Seminário de Microfranquias da ABF Franchising Week 2024 colocou o relacionamento e a comunicação com a rede no centro do debate.
“Amem seus franqueados”, afirmou Alexandre Sita no painel Relacionamento e Comunicação com a Rede, que encerrou o Seminário de Microfranquias da 9ª ABF Franchising Week, na terça (27/6). O evento contou com a participação de Sylvia Barros (The Kids Club), presidente da Comissão de Ética da ABF, Julio Segala (Kumon) e moderação de Alexandre Sita (Prosseling). “Sem relacionamento, não há franchising”, afirmou ele.
Com 30 anos de história da The Kids Club, Sylvia contou que sempre atuou com formato de microfranquia, inicialmente com home-based, e levando os cursos de inglês para dentro das escolas.
Entre as principais ações da rede de Educação, a executiva destacou: consultoria de campo mensal, visitas às unidades, reuniões regionais anuais de franqueados e nacional em São Paulo; treinamentos e workshops pedagógicos a cada 15 dias; “Café com a Sylvia”, uma vez por mês; WhatsApp e e-mail das áreas financeira, pedagógica, operacional, marketing e pedidos para comunicação diária e um grupo de Whats oficial (com a franqueadora).
Para prevenção e gestão de conflitos, Sylvia recomendou que a franqueadora tenha sua documentação jurídica regular e atualizada (COF e Contrato), um jurídico preventivo e dê apoio jurídico aos franqueados.
Segala contou que até a pandemia, a rede Kumon era 100% presencial. Após, o ensino digital foi introduzido. Hoje, são realizadas cerca de 1.500 reuniões virtuais por mês.
“Percebam quantos pontos de contato você tem com a rede ao longo do ano”, observou Sita.
Como um desafio no relacionamento com a rede, Sylvia citou o “desencaixe de perfil do franqueado, talvez por uma falha na seleção”. O importante, segundo ela, é não desistir, ir ao encontro do franqueado e se colocar no lugar de ouvir. “Eu tenho feito muito o exercício de ouvir e tentar entender o sentimento do franqueado”, disse.
Relacionamento e comunicação andam juntos para Segala. “Você tem um sentimento de gratidão pelo franqueado que entrou na sua rede e isso gera uma relação de respeito com ele, relacionamento e comunicação, as duas coisas juntas”, afirmou.
“O franchising é diferente de tudo o que tem por aí. Não é um funcionário ou um sócio, é uma relação de interdependência. É como uma relação de um pai com um filho, uma relação de amor”, concluiu Sita.
Foto: Marcel Uyeta
