Início Release Depois de boom, microfranquias estabilizam e se consolidam como porta de entrada empreendedora, mostra estudo da ABF

Depois de boom, microfranquias estabilizam e se consolidam como porta de entrada empreendedora, mostra estudo da ABF

Depois de boom, microfranquias estabilizam e se consolidam como porta de entrada empreendedora, mostra estudo da ABF
  • 43% das redes associadas a ABF operam com algum modelo de Microfranquia (investimento inicial de até R$ 135 mil)
  • 122 novas marcas de microfranquias se associaram à ABF e outras 26 tradicionais lançaram formatos com menor valor de investimento no período analisado

 Estudo realizado pela Associação Brasileira de Franchising (ABF) com seus associados durante o mês de maio revela que o modelo de Microfranquia estabilizou depois de crescer 87% entre maio de 2021 e maio de 2023, o que, junto a outros dados de maturidade, indica uma maior consolidação do segmento, que, ao mesmo tempo, continua a receber novas entrantes (em ritmo menor), enquanto marcas ultrapassam o teto a passam a se enquadrar como tradicionais.

Do universo de associados da entidade, as puras e mistas somam 589 marcas em 2024, um pequeno recuo de 2% frente ao boom nos anos anteriores.

“Mais maduro e profissional, o segmento das microfranquias mostra uma movimentação muito interessante de marcas que nascem micro e avançam para o modelo tradicional, assim como marcas já consolidadas que passam a oferecer opções com investimentos mais baixos para atrair novos perfis de investidores e chegar a mercados menores, principalmente cidades do interior com menos de 200 ou 100 mil habitantes. Essa versatilidade, de forma geral, abre portas tanto para franqueadores como potenciais franqueados, indicando mais uma vez o caráter de inclusão empreendedora das microfranquias”, afirma Adriana Auriemo, vice-presidente da ABF.

O estudo revelou 22 microfranquias que migraram para o modelo chamado tradicional (seja por mudança estratégica ou pela elevação dos custos, a exemplo de Açaí no Kilo, Empada Brasil e Fast Frame) e 26 que fizeram o caminho inverso (lançamento modelos mais enxutos, como CVC Brasil, Decor Colors e Instituto dos Óculos).

O segmento de Serviços e Outros Negócios continua predominante entre as microfranquias (muito alavancado por franquias na área financeira), mas o que chama a atenção é o crescimento de marcas em Alimentação e Casa e Construção e a presença consolidada em outros segmentos como Saúde, Beleza e Bem-Estar e Educação.

Já a maior maturidade das microfranquias pode ser confirmada também com a perenidade das marcas. Atualmente, 32% das microfranquias associadas à ABF já tem mais de 10 anos de operação. “Outro dado importante é que 80% das marcas contam com mais de 3 anos de operação, o que proporciona mais confiança ao investidor que deseja ingressar no sistema por meio de uma microfranquia”, acrescenta Bruno Arena, diretor de microfranquias da ABF.

“Soma-se a isso, o fato de que, do universo de marcas que possuem a modalidade de microfranquias, 19% possuem o selo de excelência”, comemora Bruno Arena, ressaltando que as obrigações de uma marca em relação ao seu papel como franqueador são as mesmas em qualquer formato.

Em relação ao modelo de operação, ao contrário do que se imagina, grande parte das microfranquias operam com unidades físicas (67%). O modelo home based é responsável por 26% das operações, enquanto os quiosques representam (7%).

Assim como o franchising, grande parte das microfranquias operam no Sudeste (52%). “Esse número revela que ainda há muito espaço nas demais regiões do País para o desenvolvimento desse modelo, que oferece capacitação e profissionalização para diversas atividades ainda realizadas de forma autônoma e sem padronização”, ressalta o diretor.

Fotos: ABF/Divulgação