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Tecnologia deve somar ao futuro da educação e da aprendizagem

Tecnologia deve somar ao futuro da educação e da aprendizagem
(A partir da dir.) Rogério Gabriel, Daniel Cleffi e Guilherme Mélega no painel “O Futuro da Educação e da Aprendizagem

Especialistas debatem transformações do segmento na 9ª ABF Franchising Week e apresentam Diagnóstico Setorial de Educação 2024.

 As transformações na Educação brasileira foram notórias ao longo dos últimos anos e com as redes de franquias deste segmento não foi diferente, conforme apresentou Sylvia Barros, presidente da Comissão de Ética da ABF. Sob a moderação de Rogério Gabriel (Grupo MoveEdu – Microlins, diretor da Comissão de Educação da entidade, O Futuro da Educação e da Aprendizagem: o que vem pela frente nos Cursos Livres e Cursos Regulados foi debatido da ABF Franchising Week.

Para Guilherme Mélega (Somos Educação), as mudanças vistas no segmento ao longo dos anos fomentaram ainda mais o perfil dos estudantes de diferentes idades e na pandemia isso foi acentuado. “Os impactos da pandemia ainda nos atingem nos dias de hoje e notamos continuamente que o sistema educacional se adaptou à união do físico ao digital. A tecnologia vem para ajudar o aluno e o professor independente das idades”, disse.

A respeito da Inteligência Artificial nas salas de aula, o painelista comentou que ela “possibilitou o trabalho de conteúdos mais curados e profundos, e viabilizou um ganho de tempo em escala para os professores, o que permite que eles se foquem nos alunos que precisem ainda mais de instrução”, completou.

Na visão dos especialistas, na área pública, a educação brasileira recebe muitos investimentos e que não são bem gastos. Mélega completou, ainda, que “a tecnologia é a solução para equilibrar os gastos públicos. Seja com IA, plataforma adaptativa e informação aliados à preparação de professores, alunos e social devem revolucionar as escolas do nosso país”.

Além disso, a importância do ganho de conhecimento é atemporal e passa de geração para geração. “Ficar sem estudar não é uma opção, todos nós sabemos disso. A IA maximiza as capacidades cerebrais e serve como um tutor personalizado para cada aluno – o ser humano não é substituível, mas trabalhará cada vez mais a colaboração com a tecnologia”, concluiu Daniel Cleffi (Pacific Ventures/ Google for Education).

“Criar essa alfabetização da IA para a cultura da empresa é um desafio que as redes de franquias de educação precisam se preparar. Essa tecnologia não veio para tirar o emprego das pessoas, mas para impulsionar o aprendizado”, afirmou Gabriel.

Decio Pecin, André Belz, diretor da ABF Regional Sul, e Adir Ribeiro analisam os resultados do Diagnóstico Setorial de Educação 2024

Pesquisa do Segmento de Educação ABF
Capacitação, desenvolvimento de equipe e expansão são os principais pilares de importância para os franqueadores, conforme o Diagnóstico Setorial de Educação 2024 feito pela ABF. “Toda franqueadora é uma empresa de comunicação, educação e suporte – antes até de ser de idiomas, educação, alimentação, entre outros”, completou Adir Ribeiro (Praxis Business).

A pesquisa também apontou que 83% dos alunos das franquias brasileira de educação estudam na modalidade presencial (81% em 2023), sendo que nos colégios bilíngues essa participação chega a 100%, e 86% nas escolas de idiomas. O híbrido atingiu 6% e digital síncrono (ao vivo) chegou a 12%. O tempo médio de permanência dos estudantes, no intervalo de 13 a 24 meses, chegou a 61% (ante 52% em 2023) e 17% entre 25 a 36 meses (frente a 12%).

O ticket médio das escolas de idiomas atingiu R$ 341,94 (ante R$ 319 em 2023). A média de reajuste da mensalidade ficou entre 6% e 10% para 59% dos entrevistados. Além disso, 80% das redes aplicam até 10% de reajuste nos materiais didáticos. Para André Belz (Rockfeller Language Center), diretor da ABF Regional Sul, “a pesquisa mostrou que as dores são similares entre as franqueadoras. Temos que entregar valor, mas precisamos entender os nossos consumidores, seus desejos e investimentos que estão dispostos a fazer. Muitas vezes temos medo de reajustar os preços, ou estratégias e conteúdos”, disse

Para Decio Pecin (CNA), membro do Conselho da ABF, a Educação não terá fim. “É necessária. As tecnologias somam as experiências dos clientes/alunos e as mudanças são fundamentais para a cadeia do segmento funcionar de forma efetiva”, concluiu.

Fotos: Marcel Terra